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Rio 2016: ginástica brasileira faz história e é marcada por emoções

17/08/2016

Três medalhas, conquistas inéditas e a certeza de que a modalidade está no caminho certo

Rio 2016: ginástica brasileira faz história e é marcada por emoções

Rio de Janeiro (RJ) - Um misto de emoções marcaram as apresentações da ginástica nos Jogos Olímpicos. Lágrimas de alegria, de superação, sorrisos e abraços. Três brasileiros saíram da Arena Olímpica do Rio de Janeiro com medalha no peito. Os que não subiram ao pódio também fizeram história. Nas arquibancadas, uma torcida que aprendeu a admirar ainda mais a beleza da modalidade. Um verdadeiro legado para a próximas gerações, que viu de perto novos ídolos do esporte. Para as comissões técnicas, a certeza de que a ginástica está no caminho certo.

A ginástica artística masculina chegou ao Rio de Janeiro com uma medalha em Jogos Olímpicos: o ouro de Arthur Zanetti em Londres 2012. Saiu da capital fluminense com mais três. Diego Hypolito, de 30 anos e na terceira Olimpíada, superou as frustrações de Pequim 2008 e Londres 2012 e chegou mais forte na Rio 2016. Em casa, brilhou e saiu ainda mais consagrado com a prata no solo. Arthur Nory Mariano, de apenas 22, surpreendeu. Após a classificação, foi para o tudo ou nada, dificultou a série e levou o bronze. A dobradinha brasileira no pódio emocionou a dupla de ginastas e toda a Arena Olímpica. Sob aplausos e gritos, Diego e Nory desfilaram como verdadeiros campeões. Zanetti coroou um ciclo vitorioso com mais uma medalha. Após ter conquistado os maiores títulos da carreira de um atleta, veio a prata, tão especial por ser em casa, com a família por perto. 
 
Sérgio Sasaki poderia ter a palavra redenção no nome. Duas lesões tiraram o ginasta das competições por mais um de ano, mas ele voltou ainda mais forte. A nona colocação no individual geral, a melhor do Brasil até aqui, comprovou a determinação do atleta. O iluminado Francisco Barretto Júnior foi o primeiro brasileiro a garantir vaga na final de barra fixa. Entrou determinado, fez uma série limpa e ficou em quinto, à frente até do campeão em Londres 2012, o holandês voador Epke Zonderland. Por equipe, o Brasil estreou em uma edição olímpica, avançou à final e ficou em sexto. O resultado é ainda mais importante se comparado ao do ciclo anterior, quando o País era o 13º. 
 
"Dentro do que planejamos deu tudo certo. Para nós, a real possibilidade eram duas medalhas, mas foram três. Além disso, atingimos o objetivo de irmos a sete finais. É claro que trabalhamos muito com a perspectiva de ouro, mas o que conquistamos foi extremamente positivo. O resultado por equipe me agradou muito como grupo e as finais individuais mostraram que estamos cada vez mais próximos das maiores potências. Acredito em uma coisa chamada trabalho. Os ginastas apostaram no projeto e trabalharam com seriedade. Isso levou a esses resultados", apontou o coordenador da Seleção de Ginástica Artística Masculina da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e chefe de equipe, Leonardo Finco. 
 
No feminino, mais destaques. Com uma equipe mesclada pela experiência e juventude, o Brasil brilhou. Por equipe, Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade ficaram com a oitava colocação, igualando o feito de Pequim 2008, com uma equipe jovem, talentosa e que tem muito pela frente. No individual geral, Rebeca, estreante em Jogos Olímpicos, ficou em 11º, com prova de salto elogiada até pela norte-americana Simone Biles, dona de quatro medalhas de ouro e uma de bronze na Rio 2016. Flávia ficou consagrada, definitivamente, como o xodó da torcida. A carismática de 1,38cm foi uma das mais assediadas e sagrou-se a quinta melhor do mundo na trave, igualando o feito de Daiane dos Santos no solo em Atenas 2004 como a melhor colocação de uma brasileira em Jogos Olímpicos. Daniele, de quase 32, se emocionou ao anunciar que essa seria a quinta e última Olimpíada da carreira. Depois de tudo o que fez como ginasta, agora é a hora de se dedicar a outros projetos. 
 
"Nós tivemos todo o apoio possível, fomos em todas as competições internacionais que queríamos, temos um centro de treinamento de alto nível. Contamos com uma equipe multidisciplinar, que foi uma transformação. Tivemos uma evolução técnica grande com a chegada do Alexander Alexandrov, sobretudo nas paralelas. Tudo foi adequado para que elas evoluíssem, como de fato aconteceu. Sobre a nossa participação, foi importante, principalmente, para promovermos ainda mais a ginástica artística no Brasil. As meninas geraram uma comoção muito grande. As pessoas amaram a ginástica. Foi um verdadeiro salto. Temos uma equipe promissora, com três jovens talentosas e com a Jade, que tem total condições de disputar mais uma Olimpíada. Temos também meninas boas vindo aí. Queremos manter  esse alto nível", explicou a coordenadora da Seleção de Ginástica Artística Feminina da CBG e chefe de equipe, Georgette Vidor.
 
Pelo trampolim, o Brasil contou com um representante pela primeira vez em Jogos Olímpicos. Rafael Andrade, de 30 anos, dono da prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011, entrou para a história ao competir. As apresentações da modalidade deixaram a Arena Olímpica lotada. Trazer as pessoas para perto de um esporte relativamente novo em Jogos Olímpicos - faz parte do calendário desde Sidney 2000 - foi uma importante única. 
 
"A participação do Rafael foi um marco para o trampolim brasileiro, além de ser a consagração da carreira dele. A atmosfera foi muito boa. Todos foram carinhosos e foi emocionante. O Rafael saiu alegre e satisfeito. Nós tomamos o gostinho de participar de uma Olimpíada e agora queremos ir para Tóquio em 2020 também. Acredito que agora teremos uma procura maior pela ginástica, sobretudo pela conquista das medalhas dos meninos da ginástica artística. Todas as modalidades da ginástica crescem com isso", frisou Tatiana Figueiredo, coordenadora técnica da Ginástica de Trampolim da CBG. 
 
A presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Luciene Resende, comemorou a visibilidade das modalidades da ginástica - ainda resta a ginástica rítmica. "Foi excepcional. Essas três medalhas olímpicas são um sonho que se tornaram realidade, graças a muita dedicação e trabalho brilhante dos ginastas, comissão técnica, equipe multidisciplinar, árbitros e demais profissionais envolvidos. Tudo isso só foi possível com o apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB), do Ministério do Esporte, com o patrocínio da Caixa Econômica Federal e pelas parcerias. O público se apaixonou pela ginástica. Os Jogos Olímpicos em nossa casa deram uma visibilidade maior ao nosso esporte. Nós mostramos os nossos ginastas para o mundo. O trabalho que está sendo realizado foi visto e reconhecido. Criamos ídolos para as novas gerações. Agora, vamos torcer pela ginástica rítmica", destacou a dirigente. 
 
Ginástica rítmica: A classificatória do individual, com Natália Gaudio, será nesta sexta-feira (19), das 10h20 às 17h50. Já as do conjunto serão no sábado (20), das 10h às 13h50. 
 
Delegação brasileira de ginástica 
 
Ginástica Artística Masculina
Ginastas: Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior e Sérgio Sasaki
Reservas: Caio Souza e Lucas Bitencourt 
Técnicos: Cristiano Albino, Marcos Goto e Renato Araújo
Chefe de equipe: Leonardo Finco 
Árbitro: Robson Caballero
 
Ginástica Artística Feminina
Ginastas: Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade
Reserva: Carolyne Pedro 
Técnicos: Alexander Alexandrov, Alexandre Carvalho, Francisco Porath Neto, Iryna Ilyashenko e Keli Kitaura 
Chefe de equipe: Georgette Vidor
Árbitra: Yumi Sawasato
 
Ginástica de Trampolim
Ginasta: Rafael Andrade 
Técnica: Tatiana Figueiredo
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Publicado pela Plataforma SGE da Bigmidia - Gestão Esportiva com Tecnologia

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