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Rebeca Andrade se firma como a melhor e mais completa ginasta do mundo

03/11/2022

Brasil atesta que subiu para um outro patamar na Ginástica Artística com o título no individual geral no Mundial de Liverpool

Rebeca Andrade se firma como a melhor e mais completa ginasta do mundo

A melhor e mais completa ginasta do mundo é brasileira. Rebeca Rodrigues de Andrade conquistou ontem o título do individual geral no Mundial de Liverpool ao somar 56.899 pontos. A ginasta guarulhense foi a melhor no salto (15.166), a segunda no solo (14.400), a terceira na trave (13.533) e a quinta nas paralelas assimétricas (13.800).                                                                                  

No ano passado, Rebeca já havia conquistado a prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio no individual geral, ficando atrás apenas da norte-americana Sunisa Lee. Desta vez, ela subiu o último degrau que faltava para se consagrar como a melhor do planeta.

Quis o destino que a consagração de Rebeca se desse justamente na penúltima apresentação da série de solo baseada na música “Baile de Favela” – a cada quatro anos, a coreografia de cada ginasta deve ser alterada. A campeã mundial se prepara para se despedir da série.

“Essa série para mim significa muita coisa, é para mostrar do que o preto é capaz. Fico muito feliz que essa série tenha me dado a medalha de ouro. Quem entende a dificuldade que uma pessoa preta atravessa sabe como é. Eu tive muita ajuda para chegar até aqui, dos meus vizinhos, que me emprestavam dinheiro, de dormir na casa dos outros antes de competir. Essa série representa minha história, minha luta e espero continuar fazendo história”.

O treinador Francisco Porath Neto confidenciou que está cada vez mais fácil para fazer seu trabalho. “A Rebeca está a cada dia melhor em termos de cabeça. Claro que a condição física e o talento dela são muito acima da média, mas o maior diferencial é que a cada vez ela aprende um pouco mais sobre como competir, me ajudando a fazer o melhor aquecimento possível, por exemplo. Estamos entrando numa sintonia tamanha que olho para ela e sei que ela vai entregar”.

Porath falou um pouco sobre o momento mais delicado da final do individual geral para Rebeca: alguns erros que foram muito bem sanados pela atleta durante a série das paralelas assimétricas. “Hoje ela salvou a paralela de um jeito que salvou o individual geral dela. Isso só mostra o grau de maturidade que ela atingiu. Ela sabia que a competição hoje só acabaria na última diagonal do solo, e se comportou de maneira impecável”.

A ginasta ainda tentou dar uma dimensão da importância dessa conquista. “Essa medalha significa que todo o meu trabalho, da equipe multidisciplinar e de todas as meninas que treinam comigo deu resultado. A gente trabalha muito duro. Estou orgulhosa, sinto um orgulho enorme e estou muito feliz”.

Olhando em perspectiva, a presidente da CBG, Luciene Resende, constata que esta façanha de Rebeca não é um fato isolado, mas consequência natural de um longo processo desenvolvido pela Ginástica do Brasil há anos. Afinal, desde 2009, a Ginástica Artística do Brasil já conquistou nada menos do que onze medalhas em Mundiais.

“Essa medalha de ouro da Rebeca no individual geral tem um significado mais do que especial. Ao longo dos anos, fomos conquistando muitas medalhas em Mundiais. Primeiro, o Brasil construiu uma reputação muito boa no solo. Nos anos posteriores, fomos ampliando o leque, mostrando que os brasileiros podem ser bons em vários aparelhos, como o salto, as argolas, a barra fixa. Este Mundial de Liverpool atesta que a nossa ginástica ascendeu a um outro estágio do crescimento do Brasil na ginástica. Na terça-feira, nossa Seleção Brasileira Feminina ficou muito perto do pódio na competição por equipes, o que demonstra que somos hoje uma potência e uma escola na ginástica. E hoje a Rebeca se consagra como a ginasta mais completa do mundo. Isso significa um enorme passo, que deixa claro que o céu é o limite para a nossa capacidade nesse esporte”, disse Luciene.

Henrique Motta, Coordenador Geral da CBG, faz uma leitura abrangente sobre a dimensão da conquista desta quinta-feira. “Esse resultado é consequência de um esforço construído por muitas mãos. A Rebeca exprime, nos aparelhos, toda a qualidade do trabalho de muitos profissionais. É o fruto visível de todo um sistema integrado pelo Comitê Olímpico do Brasil, CBG, Secretaria Especial do Esporte, Loterias CAIXA, os demais patrocinadores, federações estaduais, clubes, treinadores, árbitros e atletas”.

Na avaliação de Motta, Rebeca representa um exemplo para toda a comunidade gímnica do Brasil. “A história dela serve como inspiração para qualquer um, em qualquer ramo de atividade. Soube aproveitar as oportunidades e mostrou que existe um caminho que pode ser trilhado por qualquer ginasta brasileiro, seja qual for a sua origem – existe uma estrutura para respaldá-lo. Ela significa muito, porque vai muito além das palavras – é por atos, dentro do ginásio, que a Rebeca já se firmou como um dos maiores nomes de toda a história do esporte brasileiro”.

PÓDIO – INDIVIDUAL GERAL – GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA – MUNDIAL DE LIVERPOOL

1) REBECA ANDRACE (BRASIL) – 56.899

2) Shilese Jones (EUA) – 55.399

3) Jessica Gadirova (Grã-Bretanha) – 55.199

 

TODAS AS MEDALHAS DE OURO DO BRASIL EM MUNDIAIS DE GINÁSTICA ARTÍSTICA

2001 – Ghant (Bélgica) – Daniele Hypolito – prata – solo

2003 – Anaheim (EUA) – Daiane dos Santos – ouro – solo

2005 – Melbourne (Austrália) – Diego Hypolito – ouro – solo

2006 – Aarhus (Dinamarca) – Diego Hypolito – prata – solo

2007 – Stuttgart (Alemanha) – Diego Hypolito – ouro - solo
                                                 Jade Barbosa – bronze – individual geral

2010 – Roterdã (Holanda) – Jade Barbosa – bronze – salto

2011 – Tóquio (Japão) – Arthur Zanetti – prata – argolas

                                        Diego Hypolito – bronze – solo

2013 – Antuérpia (Bélgica) – Arthur Zanetti – ouro – argolas

2014 – Nanning – (China) – Arthur Zanetti – prata – argolas

                                            Diego Hypolito – bronze – solo

2018 – Doha (Catar) – Arthur Zanetti – prata – argolas

2019 – Stuttgart (Alemanha) – Arthur Nory – ouro – barra fixa

2021 – Kitakyushu (Japão) – Rebeca Andrade – ouro – salto

                                          Rebeca Andrade – prata – paralelas assimétricas   

2022 – Liverpool (Grã-Bretanha) – Rebeca Andrade – ouro – individual geral

 

 

 

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