25/08/2016
Três medalhas, resultados inéditos da artística, rítmica e de trampolim e o legado que fica para as próximas gerações
Da redação, Santo André (SP) - Os Jogos Olímpicos deixaram saudade. Durante 17 dias, os olhos do mundo voltarem-se ao Brasil. Dentro das arenas, o público foi fantástico. Torceu, gritou e vibrou, deixando até os estrangeiros emocionados com tanto carinho. Na ginástica artística, rítmica e de trampolim, a Arena Olímpica do Rio de Janeiro, palco das modalidades, ficou lotada em todas as competições. Os brasileiros, definitivamente, passaram a amar a ginástica. Muitos, inclusive, apontam as Olimpíadas do Brasil como uma das melhores de todos os tempos. Pelo menos no quesito animação e envolvimento, não há dúvida que esses dias ficarão marcados para sempre no coração.
As três modalidades da ginástica fizeram história. Pela rítmica, com apresentações encerradas no último domingo (21), o Brasil não conquistou medalhas, mas foi um dos protagonistas. As brasileiras estão na elite mundial. O conjunto, composto por Emanuelle Lima, Francielly Machado, Gabrielle Moraes, Jéssica Maier e Morgana Gmach, comandado por Camila Ferezin, garantiu a nona colocação e superou potências da ginástica, como Alemanha, China e Uzbesquistão. Foi uma grande evolução.
No individual, Natália Gaudio inspirou e mostrou que é possível realizar sonhos. Esse foi o maior prêmio que a capixaba poderia ganhar por ser a representante brasileira da ginástica rítmica individual. Depois de 24 anos sem uma participante no individual, o Brasil voltou a ficar entre os melhores do mundo. Com doçura e graça, Natália, treinada por Monika Queiroz, encantou a nova geração de meninas.
Pelo trampolim, Rafael Andrade entrou definitivamente para a história. Pela primeira vez, um brasileiro do trampolim participava de uma edição olímpica, resultado que também merece ser comemorado. As apresentações da modalidade deixaram a Arena Olímpica lotada. Trazer as pessoas para perto de um esporte novo em Jogos Olímpicos - faz parte do calendário desde Sidney 2000 - foi uma importante contribuição.
Na artística, três medalhas e a melhor participação brasileira de todos os tempos. Diego Hypolito, de 30 anos e na terceira Olimpíada, superou as frustrações de Pequim 2008 e Londres 2012 e chegou mais forte na Rio 2016. Em casa, brilhou e saiu ainda mais consagrado com a prata no solo. Arthur Nory Mariano, de apenas 22, surpreendeu. Após a classificação, foi para o 'tudo ou nada', dificultou a série e levou o bronze. A dobradinha brasileira no pódio emocionou a dupla de ginastas e toda a Arena Olímpica. Sob aplausos e gritos, Diego e Nory desfilaram como verdadeiros campeões. Arthur Zanetti coroou um ciclo vitorioso com mais uma medalha. Após ter conquistado os maiores títulos da carreira de um atleta, veio a prata, tão especial por ser em casa, com a família por perto. Já Sérgio Sasaki poderia ter a palavra redenção no nome. Duas lesões tiraram o ginasta das competições por mais de um ano, mas ele voltou ainda mais forte. A nona colocação no individual geral, a melhor do Brasil até aqui, comprovou a determinação do atleta. O iluminado Francisco Barretto Júnior foi o primeiro brasileiro a garantir vaga na final de barra fixa. Entrou determinado, fez uma série limpa e ficou em quinto, à frente até do campeão em Londres 2012, o 'holandês voador' Epke Zonderland. Por equipe, o Brasil estreou em uma edição olímpica, avançou à final e ficou em sexto. O resultado é ainda mais importante se comparado ao do ciclo anterior, quando o País era o 13º.
No feminino, as ginastas também conquistaram a simpatia do público. Com um time mesclado pela experiência e juventude, as meninas brilharam. Por equipe, Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade ficaram com a oitava colocação, igualando o feito de Pequim 2008, com um grupo jovem, talentoso e que tem muito pela frente. No individual geral, Rebeca, estreante em Jogos Olímpicos, ficou em 11º, com prova de salto elogiada até pela norte-americana Simone Biles, dona de quatro medalhas de ouro e uma de bronze na Rio 2016. Flávia ficou consagrada, definitivamente, como o xodó da torcida. A carismática de 1,38cm foi uma das mais assediadas e sagrou-se a quinta melhor do mundo na trave, igualando o feito de Daiane dos Santos no solo em Atenas 2004 como a melhor colocação de uma brasileira em Jogos Olímpicos. Daniele, de quase 32, se emocionou ao anunciar que essa seria a quinta e última Olimpíada da carreira. Depois de tudo o que fez como ginasta, agora é hora de se dedicar a outros projetos.
Tudo isso é um verdadeiro legado e a maior prova de que a ginástica está no caminho certo, segundo Luciene Resende, presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). "As novas gerações viram de perto novos ídolos, admiraram e torceram por todos os países. Viram que, com determinação e trabalho, é possível realizar os sonhos. Nas escolas e clubes, já houve aumento do número de crianças interessadas em aprender ginástica. Foram dias muito importantes para o esporte, que teve visibilidade ainda maior perante o público. Todas as nossas modalidades olímpicas evoluíram muito. Prova disso foram os resultados alcançados, que entraram para a história. Os ginastas deixaram a Arena Olímpica com a sensação de dever cumprido e ainda mais motivados para as próximas competições. Torcemos para que os investimentos sejam mantidos e cresçam. Esperamos que o próximo ciclo seja tão vitorioso quanto esse", destacou Luciene.
Delegação brasileira de ginástica
Ginástica Artística Masculina
Ginastas: Arthur Nory Mariano, Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior e Sérgio Sasaki
Reservas: Caio Souza e Lucas Bitencourt
Técnicos: Cristiano Albino, Marcos Goto e Renato Araújo
Chefe de equipe: Leonardo Finco
Árbitro: Robson Caballero
Ginástica Artística Feminina
Ginastas: Daniele Hypolito, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade
Reserva: Carolyne Pedro
Técnicos: Alexander Alexandrov, Alexandre Carvalho, Francisco Porath Neto, Iryna Ilyashenko e Keli Kitaura
Chefe de equipe: Georgette Vidor
Árbitra: Yumi Sawasato
Ginástica Rítmica Individual
Ginasta: Natália Gaudio
Técnica: Monika Queiroz
Ginástica Rítmica de Conjunto
Ginastas: Emanuelle Lima, Francielly Machado, Gabrielle Moraes, Jéssica Maier e Morgana Gmach
Reservas: Beatriz Pomini e Dayane Amaral
Técnica: Camila Ferezin
Chefe de equipe: Bruna Martins
Ginástica de Trampolim
Ginasta: Rafael Andrade
Técnica: Tatiana Figueiredo
Publicado pela Plataforma SGE da Bigmidia - Gestão Esportiva com Tecnologia
A Plataforma SGE é um Sistema de Gestão Esportiva desenvolvido para Confederações e Federações Esportivas. Saiba tudo sobre o funcionamento de um sistema de gestão esportiva e conheça melhor o SGE!
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“Os CELCs proporcionam de forma democrática a inclusão social por meio da prática da ginástica, além de outros princípios como fomento da modalidade, capacitação de profissionais, massificação esportiva e descoberta de novos talentos”
Henrique Motta
Diretor Esportivo da CBG
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